sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Na Terra dos Faraós







Agora posso finalmente afirmar que os sonhos se tornam realidade quando tanto o desejamos e visualizamo-nos neles! "O Sonho comanda a Vida e a Vida alimenta o Sonho", que finalmente, depois de muita expectativa... REALIZEI! A Viagem ao Egipto!




Desde muito cedo, fui fascinado pela mística das antigas civilizações e a minha favorita sem dúvida é a Egípcia. Sempre me impressionou e a forma vanguardista ainda hoje reconhecida, com que na Antiguidade este povo das terras do Nilo e de grandes líderes poderosos como os seus Faraós, pioneiro em Medicina, Cosmética, Astronomia, Comunicação, Engenharia, Arquitectura e com Obras de uma Desenvoltura e Monumentalidade, que juntas a uma riqueza histórica de mais de 7000 anos e a sua Crença Mitológica fascinante me apaixonaram e cativaram.

E de repente... eis que a oportunidade tão desejada se apresentou e
jamais poderia perdê-la!


Partimos no dia 16 em vôo directo da Egyptair para o Cairo onde fomos cordialmente recebidos pelo representante da Agência no local, de seu nome Walid. Falava um portunhol arreganhado e foi até ao último dia muito prestável. Durante todo o percurso da viagem, como íamos em época baixa tivemos sempre um guia só para nós o que tem algumas vantagens para ambos os lados. Walid levou-nos até ao Mövenpick Resort Cairo-Pyramids, onde Eu e a Lina ficámos instalados. Depois saímos para um reconhecimento das redondezas e eis que somos "apanhados" por um polícia muito prestactivo que nos "escoltou" numa voltinha ao bairro mais próximo, na intenção maior de vir a ganhar uns trocos com os sítios onde ele e um conterrâneo muito conversador nos levaram, mas sem ganhar nada com isso. No Egipto, apesar da sua mítica e da rara beleza, ninguém se livra do "baxishe" pois tudo se vende e a não recompensa é uma ofensa e faz parte da tradição, tanto que teríamos experiências parecidas todos os dias várias vezes... mas até a Polícia?!





No dia seguinte a nossa guia no Cairo, Maya, levou-nos a Memphis, outrora capital do Império onde um Colosso de Ramsés II era a maior atração e depois seguimos para Saqqara onde visitámos a primeira pirâmide construida... o túmulo do Faraó Djoser, mas o extâse do dia estava reservado para a tarde quando fomos ao planalto de Giza e nos deparámos com a intensa visão da monumental Grande Pirâmide de Khufú (única Maravilha da Antiguidade ainda existente) construída à mais de 4500 anos, assim como as de Kafré e Menkauré, seguidores no trono do Alto e Baixo Egipto, com uma contemplação posterior de uma vista que metia respeito e muito contava sobre o poder duma civilização que confirmámos quando frente à enigmática Esfinge. Mas o engraçado foi o passeio a Camelo no deserto com as pirâmides no horizonte em que nos rimos imenso!




































No dia seguinte fizémos o check out provisório do hotel e seguimos para o aeroporto para apanhar o avião com destino a Aswan, onde um muito peculiar guia nos recebeu. Era demasiado extremoso e chegava a ponto de com todo o seu orgulho de raça núbia, enaltecer mais a história de seu povo vitimado discriminadamente pós-construção da Barragem(uma das três maiores do Mundo) do que a própria História. Esta foi o primeiro local onde fomos conduzidos por Ahmed, que se auto-intitulava "Denzel"(Washington) para os amigos, especialmente turistas! Abusava um pouco quando se lhe dava demasiada confiança e de vez em quando precisou de umas "rédias" mas acabámos por nos dar bastante bem, especialmente a partir do momento em que dissémos que nos podia tratar por "Brad" e "Angelina".





















Antes de mais, levou-nos directamente a visitar a Grande Barragem de Aswan, com uma linda e paisagística vista para o Lago Nasser que mais parecia um mar dentro de terra tal a sua imensidão, explicando o porquê e como teve com esta obra grandiosa de mover os templos de Abu Simbel e de Philae, para salvaguardá-los das águas do Nilo, mantendo todo o seu esplendor. Seguiu-se uma visita ao Obelisco Inacabado, mandado edificar pela Rainha Hatchepsuit(o maior jamais encomendado) mas que não chegu a ser finalizado pois seria impossível transportá-lo no Nilo. Seguimos para o M/S Nile Dolphin, cruzeiro de 5* com que ficámos maravilhados desde o ínicio e cada vez mais no decorrer do mesmo, pois era um autêntico hotel de luxo flutuante! Depois de um almoço extraordinário fomos com o Ahmed dar um passeio de "Felouka" nas calmas águas do Nilo, tendo passado pelo Jardim Botânico, onde flores, plantas e árvores exóticas cresciam à nossa volta e davam uma sensação de calmia e relaxamento, numa pequena ilha maravilhosa perto de Elefantina no meio do rio, Kitchen's Island. À noite aventurámo-nos no Mercado de Aswan,cheio de luz, cores e tendas onde tudo se vendia... mas nunca sem primeiro regatear bastante, pois também por costume um bom negócio é sempre discutido até satisfação de ambas as partes, até porque o preço inicial é exorbitante e não corresponde ao real valor.












No dia seguinte bem cedinho, a escala era em Kom Ombo onde se situa o Templo de Sobek e Haroeris, único dedicado a dois Deuses em todo o Egipto(Deus Crocodilo e Deus Pássaro respectivamente) que me deixou deveras surpreendido pois nunca ouvira falar dele e rendi-me à maravilha. Depois na volta tomámos o pequno almoço e fomos ao "deck" superior desfrutar da vista magnífica para ambas as margens do Rio Sagrado enquanto rumávamos a Edfu, para visitar o Templo de Hórus local, construído não só para acesso dos Sacerdotes e Família Real, mas também com o objectivo máximo de dar um espaço à população para rezar ao seu Deus protector e à Deusa Hathor, sua mulher(Deusa do Amor, Fertilidade e do Sexo). Conta a lenda mitológica que todos os anos estes dois deuses se juntávam no Sagrado Pátio de oração para fazer amor, um vindo de Luxor e outro de Aswan, encontrando-se por um dia neste sítio sito exactamente a meio caminho de ambos os centros populacionais maiores e assim dando um duplo significado mítico à sua edificação. Pela tarde fomos fazer uma massagem de relaxamento e fomos nos preparar para a "Galabya", uma festa a bordo a que todos íamos vestidos de Egípcios. As máscaras ficaram-nos excepcionalmente!













No outro dia, acordámos já atracados no porto de Luxor e seguimos para o Vale dos Reis, última morada de grandes Faraós, onde visitámos três túmulos e muitos dos turistas, eu entre eles não resistiram a entrar no famoso túmulo de Tut-Anck-Amon, descoberto em 1922 pelo explorador Howard Carter completamente intacto e único que escapou à ganância dos assaltantes, deixando à Humanidade todo o seu espólio e riquezas que ajudaram a compreender muitas coisas a nível do processo necrológico na Antiguidade. á dentro observei o sarcófago em ouro maciço, que envolvia a múmia do Faraó, que era protegida por dois sarcófagos maiores(estes no Museu Egípcio no Cairo) adornados de cores luxuosas e ouro. Foi uma experiência maravilhosa! Seguidamente dirigimo-nos a Deir El-Bahari no Vale das Rainhas,para contemplar o fabuloso Templo de Hatchepsuit, Rainha que ascendeu ao poder como co-regente por o seu irmão, sucessor do trono, ser demasiado novo. Entretanto casaram para assegurar o trono do Egipto e a Grande Rainha veio a reinar sobre estas terras por 20 anos, tendo conseguido manter a harmonia e alcançando um crescimento económico bastante satisfatório e a manutenção da paz no território. Ofereceu este templo ao povo como prova de promesa de um bom reinado. No regresso ao barco, visitámos os Colossos de Memnon e ainda parámos para ver o Ramsseum, que como o nome indica foi edificado pelo grande Faraó Ramsés II, que reinou no Egipto mais tempo que qualquer outro, desde os 20 aos 87 anos de idade. À tarde aproveitámos o tempo livre para dar um passeio pelos outros navios e descansámos um poco pois à noite haveria danças Egípcias no "Lounge Bar" que fomos assistir curiosos e acabámos por ser nós a fazer a maior festa, já que dançámos sem parar.
















Os Templos de Karnak e Luxor ficaram guardados para o último dia no cruzeiro. Karnak era a sagrada capital espiritual do Antigo Egipto, com o seu portentoso e magnífico Templo de Amon, onde outrora sacrifícios eram feitos pelos Sacerdotes e oferendas eram dadas pelos Reis em honra do Deus maior do Egipto. A entrada pela fabulosa Avenida das Esfinges, que atravessa todo o complexo ligando-o ao Templo de Luxor numa distância de quase 3Km, passava por estátuas colossais e obeliscos enormes à entrada do templo, um pátio de 134 colunas gigantes que iam acabar no Santuário do mesmo, onde as cerimónias religiosas tomavam o seu curso. Imaginei-me neste mítico lugar há milhares de anos atrás extasiado com o magnânimo local que havia sido construído por Amenófis III e onde Ramsés II deixou a sua marca. O Templo de Luxor no outro extremo da Avenida, não lhe ficava atrás em magnitude, beleza e ambos os lugares contavam por si a história da crença de todo um povo. Almoçámos num pequeno restaurante tíco Egípcio em Luxor e depois, debaixo duma chuvada(muito agradecida pelos locais) fizémos o circuito da cidade numa charrete a cavalo, o que não deixou de ser caricato... mas engraçado!















E eis que de repente, já nos encontrávamos no Cairo novamente no Mövenpick, mas desta vez(talvez porque gostaram de nós) instalaram-nos numa suite fantástica, que até apetecia lá estar depois de termos aterrado vindos de Luxor. No dia seguinte, lá voltámos a nos encontrar com a simpática Maya, que nos levou ao Museu Egípcio e a vislumbrar o fabuloso Tesouro de Tut-Anck-Amon, e muitas mais obras impressionantes que são a História de uma das mais Antigas Civilizações do Globo. Fomos depois ver a Mesquita de Alabastro na cidadela construída por Mohamed Ali na Fortaleza edificada pelo Sultão Sall-El Addin. Finalizámos o nosso último dia de uma forma gírissima visitando no Cairo a Pharaonic Village, um sítio em que somos transportados numa viagem pelo tempo, redescobrindo os modos de vida e ocupações dos Antigos Egípcios em cenários montados para aparentar serem realistas, conduzidos poir um pequeno barco num canal a fazer de Nilo. Vimos ainda também a tumba do Faraó Tut-Ank-Amon construída em tamanho real com réplicas exactas do seu conteúdo dispostas tal como descoberta em 1922. Acabámos vestidos a rigor, para a fotografia, recuando aos tempos de então como Faraó e Rainha.








Foi uma viagem óptima, na melhor companhia, um sonho realizado que jamais esquecerei em toda a minha VIDA! Tenciono se puder um dia lá voltar para ver a Alexandria de Cleópatra, o carismático Templo de Abu Simbel e a capital do Faraó herege Ackenaton, Tel El Amarna... afinal não se pode ver tudo ao mesmo tempo! O sonho continua...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Viva 2008!!!







































































Contráriamente ao Natal, na Passagem de Ano toda a Família esteve dispersa um pouco por todo o lado... A Mana esteve com o seu mais que tudo com amigos na Ericeira e a Mãe deu uma escapada prolongada até Aveiro com a irmã mais nova enquanto a Madrinha fazia o brinde com a filha em águas do Nilo.
Quanto a mim, refugiei-me com a Lina, um casal amigo e (finalmente!) com o seu Pai e mulher, a quem já tinha prometido que no dia que se proporcionasse o levaria a visitar a zona de Tavira e de Cacela-a-Velha de que tanto falávamos os dois. Estivémos quatro dias maravilhosos a passear por Tavira inteira, Cabanas, Santa. Luzia, Cacela-a-Velha, etc.
No dia de Fim de Ano fomos a Ayamonte em Espanha, já na companhia do Mário e da Shirley que vieram passar o "Reveillon" e o 1º de Janeiro connosco. Foi divertido e num convívio saudável apreciámos a paz e quietude do sítio com cheirinho a maresia e as belas paisagens da Ria Formosa, com um clima ameno e dias de Sol descoberto como no Verão... mas em pleno Inverno!
Quando nos voltámos a juntar já em Massamá, vinhamos com uma Boa Disposição redobrada. As imagens falam por si...
CARPE DIEM!